Com a COP30 se aproximando, em novembro, em Belém (PA), cresce o debate sobre como a tecnologia e a gestão inteligente podem impulsionar a transição energética e reduzir emissões no setor de transporte e logística. Hoje, a eficiência operacional vai muito além da economia, tornou-se uma estratégia de sustentabilidade e competitividade.
Segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o uso de sistemas de monitoramento e telemetria já permite reduzir em até 20% o consumo de combustível e as emissões de CO₂, mostrando como a digitalização de frotas é uma das ferramentas mais eficazes de descarbonização. “Quando integramos sensores de medição, controle automatizado e análise de dados em tempo real, conseguimos evitar desperdícios, otimizar rotas e prolongar a vida útil dos veículos. Isso representa ganhos diretos em eficiência energética e também em sustentabilidade”, explica Carlos Eduardo Silva, diretor da Excel, empresa líder em gerenciamento de combustível e gestão de frotas.
O avanço do mercado de créditos de carbono reforça esse movimento. De acordo com levantamento da Embrapa e do Observatório do Clima, o agronegócio brasileiro movimentou mais de R$5 bilhões em projetos de baixa emissão nos últimos dois anos – e o transporte tende a seguir o mesmo caminho, monetizando eficiência e sustentabilidade por meio de métricas verificáveis e integradas à cadeia produtiva. A mobilidade de baixa emissão já não é mais tendência: é uma exigência global.
A COP30 deve consolidar temas como bioeconomia, finanças verdes e economia circular, pressionando empresas a adotarem modelos de gestão baseados em dados e compromissos ESG. “O desafio é transformar a rotina operacional em política de descarbonização. E a boa notícia é que o Brasil tem potencial para liderar esse movimento. Com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e um ecossistema crescente de inovação, podemos fazer da eficiência um ativo econômico e transformar o transporte em vetor real de sustentabilidade e competitividade global”, finaliza Carlos.