A StoneX, empresa global de serviços financeiros, projeta que o consumo de diesel B no Brasil deve atingir 69,1 milhões de m³ em 2025, o que representa uma alta de 2,7% em relação ao ano anterior. Para o bimestre novembro–dezembro, a consultoria estima vendas de 11 milhões de m³, volume 4,9% acima do registrado no mesmo período de 2024 — expectativa sustentada pela reaceleração do plantio da soja e pela intensificação das atividades logísticas no campo.
“Para novembro, é esperado que a reaceleração do plantio de soja resulte na manutenção de vendas de diesel B elevadas, com o indicador sofrendo uma queda menor frente a outubro quando comparado com anos anteriores”, afirma o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Bruno Cordeiro.
A StoneX destaca ainda que a expansão do consumo segue ancorada no fortalecimento da produção agrícola e industrial, que impulsiona os fretes rodoviários e ferroviários destinados ao escoamento da produção.
“A dinâmica atual da economia brasileira, especialmente nos setores agrícola e industrial, continua resultando em maior uso de diesel B. O fluxo de cargas está mais intenso, o que se reflete diretamente nos volumes comercializados”, completa o analista.
Sul e Sudeste devem guiar crescimento em 2026
A StoneX manteve sua projeção de crescimento de 1,9% na demanda de diesel B para 2026, ano em que o consumo total deve alcançar 70,4 milhões de m³ no país. A consultoria aponta que, mesmo diante da expectativa de recuo na produção de milho na próxima safra, fatores estruturais continuarão sustentando o avanço do uso do combustível, com destaque para o aumento da produção de soja e de bens industriais — setores que devem manter a pauta exportadora brasileira aquecida.
Esse cenário deve resultar em maior circulação de cargas e intensificação dos fretes rodoviários e ferroviários, reforçando a demanda nacional por diesel B. “O crescimento projetado para 2026 é a continuidade da expansão da produção agrícola e industrial, que são pilares essenciais para o aumento do fluxo logístico no país”, explica Cordeiro.
Entre as regiões consumidoras, a consultoria projeta avanços mais robustos no Sudeste e no Sul, ambas com incrementos superiores a 400 mil m³ no próximo ano. No caso da região Sul, a recuperação da produção de soja no Rio Grande do Sul — após a forte quebra de safra registrada em 2025 — deve ser o principal vetor do ritmo mais acelerado de crescimento do consumo.