Por Filipe Arges
A indústria nacional de lubrificantes vive um momento de transformação. Sustentabilidade e eficiência, antes vistas como caminhos opostos, hoje caminham juntas em soluções que unem alta performance e menor impacto ambiental.
O setor tem avançado em práticas como a logística reversa de embalagens, o uso responsável de resíduos e a adoção de tecnologias que reduzem desperdícios. De acordo com a ANP, o Brasil coleta mais de 560 milhões de litros de óleos usados por ano, mostrando a importância de políticas que garantam destinação correta e reforcem a economia circular.
Esse movimento se alinha ao crescimento da indústria de lubrificantes – de acordo com um relatório da Mordor Intelligence, a estimativa para 2024 era a de que o mercado de lubrificantes produzisse 44,41 bilhões de litros, com a expectativa que atinja os 47,22 bilhões em 2026, com uma taxa de expansão anual de 3,12%, – e fortalece uma perspectiva sustentável em todo o mercado.
Empresas do setor também vêm direcionando investimentos para soluções de menor impacto, como lubrificantes sintéticos e biodegradáveis, além de iniciativas em logística reversa que dão destino adequado às embalagens plásticas. O mercado de lubrificantes biodegradáveis está em crescimento no Brasil e no mundo, consolidando-se como tendência alinhada a desafios como a crise climática e o desenvolvimento de veículos menos poluentes.
O futuro aponta ainda para biolubrificantes de origem vegetal e tecnologias que aumentam a eficiência energética de motores e máquinas, contribuindo para prolongar a vida útil dos equipamentos e reduzir impactos. Mais do que acompanhar tendências, a indústria de lubrificantes se posiciona como protagonista de uma nova era: aquela em que performance e responsabilidade ambiental dividem a mesma pista.