Debate sobre contaminação do solo por combustíveis ganha força no Brasil durante a COP30

Na semana passada começou a COP30, em Belém (PA), e, com ela, cresce a atenção sobre práticas sustentáveis no setor de combustíveis e os riscos da contaminação do solo causada por vazamentos. No Brasil, segundo dados do IBGE, cerca de 33% dos municípios já enfrentaram algum tipo de problema com solo contaminado, e os combustíveis estão entre as principais fontes.

A contaminação do solo por gasolina ocorre quando há vazamento ou derramamento de combustível em áreas como postos de serviço, tanques subterrâneos, oleodutos ou locais de transporte e armazenamento. Mesmo que em pequenas quantidades, podem causar danos sérios ao solo e às águas subterrâneas. “Quando a gasolina vaza de um tanque subterrâneo, ela não fica apenas na superfície. Por ser composta por hidrocarbonetos voláteis e tóxicos, parte evapora, parte se infiltra em parte permanece retida nas camadas do solo, um processo silencioso, mas que pode atingir diversas dimensões da sociedade”, explica Carlos Eduardo Silva, diretor da Excel, empresa líder em gerenciamento de combustível e gestão de frotas.

Dados mais recentes da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) apontam que no Estado de São Paulo mais de 4.100 áreas já foram registradas como contaminadas, sendo cerca de 3.200, aproximadamente 78 %, atribuídas a postos de combustíveis. Embora não haja ainda um dado consolidado para 2025, o padrão de alta prevalência dessas instalações se mantém. “É essencial que o setor adote tecnologias capazes de detectar e corrigir falhas antes que o problema aconteça. A prevenção é uma atitude de responsabilidade ambiental e também de gestão eficiente”, comenta Carlos Eduardo.

Para reduzir esses riscos, boas práticas de monitoramento e tecnologias de detecção precoce têm se mostrado fundamentais. “A tecnologia avançada nos oferece precisão na medição de combustível e a segurança necessária para evitar a contaminação do meio ambiente”, reforça Carlos, destacando o Sistema ELS, da Excel, que realiza a medição de tanques e o monitoramento ambiental de postos.

A prevenção, segundo especialistas, é o caminho mais eficaz para proteger o solo, a água e o futuro. Tecnologias de controle ambiental e gestão inteligente de dados se tornam, assim, peças-chave para um setor de combustíveis mais seguro e alinhado às metas globais de sustentabilidade. “Investir em monitoramento ambiental é investir em sustentabilidade real. Essas medidas são parte de uma gestão preventiva, que reduz riscos e custos com remediação”, finaliza.

 

Crédito Imagem: Freepik

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

CATEGORIAS